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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Deixados para trás





Na última postagem falei do fechamento da janela de oportunidade que é o tempo da igreja na terra. Assim que o último membro do corpo de Cristo for acrescentado, Jesus voltará para buscar os que lhe pertencem. No arrebatamento da igreja Jesus desce entre nuvens para se encontrar com os seus nos ares, a meio caminho do céu. Sete anos mais tarde, na sua vinda gloriosa para estabelecer o Reino, ele colocará os pés no chão, no Monte das Oliveiras.

O arrebatamento é o sinal para que o relógio profético volte a bater. As profecias do Antigo Testamento param na morte do Messias e destruição do templo e da cidade de Jerusalém. No capítulo 9 do livro do profeta Daniel faltavam apenas 7 anos para o Messias voltar para reinar, mas já se passaram mais de dois mil. É por isso que chamei o período da igreja de um parêntese na profecia; uma lacuna que os antigos profetas não sabiam que iria existir. Mas agora você sabe.

Nos sete anos após o arrebatamento ocorre o que você encontra em Daniel 9:27 e a partir do capítulo 4 de Apocalipse. O templo é reconstruído, o anticristo manifestado, o remanescente judeu fiel perseguido e martirizado, enquanto outros são preservados para entrarem no reino de mil anos de Cristo na terra.

É nessa época que o evangelho do Reino será pregado até os confins da terra, antes que venha o fim. É disso que fala Mateus 24, quando o remanescente judeu que perseverar até o fim ficará a salvo para entrar no reino. É quando Cristo vem para julgar as nações, como descreve o capítulo 25 de Mateus. As "ovelhas", ou os que acolheram e protegeram o remanescente de judeus fiéis, terão o privilégio de participar do reino na terra. Os "bodes", que perseguiram esses "pequeninos irmãos" de Jesus, serão mortos. Mas em que grupo estará quem escutou o evangelho e foi deixado para trás no arrebatamento? No grupo dos "bodes".

O capítulo 2 de 2 Tessalonicenses explica que  esses


 "rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar. Por essa razão Deus lhes envia um poder sedutor, a fim de que creiam na mentira, e sejam condenados todos os que não creram na verdade"
 (2 Ts 2:10-12).

 Para quem hoje escuta o evangelho e não crê, o arrebatamento será como a morte: encerrará a chance de ser salvo. Apenas os que nunca ouviram o evangelho poderão crer nesse período; os demais crerão na mentira do anticristo. Portanto, se você planeja tomar uma decisão depois do arrebatamento, não se iluda.


 Deus irá obrigá-lo a crer na mentira, por ter rejeitado a verdade.








por Mário Persona

quinta-feira, 26 de abril de 2012

O parêntese




O apóstolo João diz no primeiro capítulo de seu evangelho que "a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo" (Jo 1:17). 


Ele revela assim um novo modo de Deus tratar com o homem, e dentro desse período vemos algo que não existia no Antigo Testamento e nem nos evangelhos: a igreja.

Jesus revelou em Mateus 16 que iria edificar a igreja em um tempo ainda futuro. Portanto a igreja não existia no tempo dos evangelhos, quando ainda vigorava o judaísmo. Se você fosse um discípulo de Jesus iria participar de todas as atividades, festas e costumes do judaísmo. Se fosse homem seria circuncidado, iria ao templo de Jerusalém, ofereceria sacrifícios de animais, daria o dízimo, não comeria carne de porco, não trabalharia no sábado etc. Você não seria cristão; você seria judeu.

Porém no capítulo 2 de Atos tudo muda: o Espírito Santo vem habitar na terra -- na igreja, coletivamente, e em cada crente individualmente. Se o Filho de Deus nunca tinha habitado na terra antes, o mesmo aconteceu com o Espírito Santo. Com a morte, ressurreição e ascensão de Jesus, o Consolador pôde descer conforme havia sido prometido para habitar na terra, algo inédito até então. Deus colocava de lado a nação de Israel para tratar com um povo novo: a igreja, formada por judeus e gentios convertidos a Cristo. No passado Deus reconhecia a existência de dois tipos de pessoas: judeus e gentios.  Agora ele reconhece três: judeus, gentios e igreja de Deus (1 Co 10:32).

O apóstolo Paulo, a quem foi confiado esse segredo que nenhum dos profetas do Antigo Testamento tinha previsto, também recebeu de Deus a revelação de que Israel seria deixado de lado por um tempo. É o parêntese, o período em que o relógio profético parou de bater até que termine o tempo da igreja na terra. Paulo fala disso aos romanos: "Irmãos, não quero que ignorem este mistério, para que não se tornem presunçosos: Israel experimentou um endurecimento em parte, até que chegasse a plenitude dos gentios" (Rm 11:25).

Quando o último membro for acrescentado ao corpo, que é a igreja, terá sido atingido a "plenitude dos gentios" e Cristo levará sua igreja para o céu. "Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá do céu, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois disso, os que estivermos vivos seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre" (1 Ts 4:16-17).

Mas o que acontecerá aos que forem deixados para trás nesse arrebatamento? (próxima postagem)


por Mário Persona.

quarta-feira, 18 de abril de 2012


                     Posso perder minha salvação?





Embora infelizmente você e eu sejamos capazes de cair, pois:

 "sete vezes cairá o justo, E SE LEVANTARÁ" (Pv 24.16), podemos descansar na certeza de que :


"o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à Sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ELE MESMO VOS APERFEIÇOARÁ, CONFIRMARÁ, FORTIFICARÁ E FORTALECERÁ" (1 Pd 5.10).

 "O Senhor Jesus Cristo, o qual vos confirmará também ATÉ AO FIM, PARA SERDES IRREPREENSÍVEIS NO DIA DE NOSSO SENHOR JESUS" (1 Co 1.8).

 "Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo" (Fp 1.6).

 "Para que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo com todos os Seus santos" (1 Ts 3.13). 

"Assim, pois, não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que Se compadece" (Rm 9.16).

Quando entendemos que não apenas nossa salvação depende de Deus, mas também a manutenção de nossa salvação depende dEle, podemos descansar sabendo que Ele nos fará completar nossa jornada aqui. Ao contrário do que muitos pensam, isto não nos leva a tratar levianamente o pecado, mas faz aumentar o sentimento de responsabilidade genuína. 


Quando ficamos sabendo que a graça de Deus é grande para chegar a este ponto, nosso coração enchese de temor, não de perdermos a salvação, mas de sabermos quão grandiosa foi a obra de Cristo por nós. 


Um verdadeiro crente nunca perderá a salvação; Deus providenciará para que nada e ninguém possa tirálo das mãos do Pai. E um verdadeiro crente, ao saber disso, nunca dirá: "Se é assim, vou pecar à vontade". O que pensa assim nunca foi salvo, nunca conheceu a graça de Deus.



"Salvação não se perde e nem se ganha ou tem ou não tem"




 por Mário Persona com adaptações.