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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Salvação pela Fé




Se fôssemos salvos por nossas obras, então nenhum ser humano seria salvo. Mas acontece que NÃO SOMOS SALVOS POR NOSSAS OBRAS! É o que diz a Palavra de Deus:
 "Pela GRAÇA sois salvos, por meio da, e isto NÃO VEM DE VÓS, é DOM de Deus. NÃO VEM DAS OBRAS, para que ninguém se glorie" (Efésios 2.8,9). Este versículo é bastante claro.
            A salvação é por GRAÇA. O que é graça?
 É recebermos algo que não compramos, que não pagamos, que não fizemos nada em troca, que nem mesmo merecemos.  A salvação é pela FÉ. O que é fé?

 "Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem" (Hebreus 11.1). Ou seja, você crê no que Deus disse e tem isso por alicerce firme.

 Você não viu Cristo morrer na cruz levando os seus pecados,
 Você não viu Ele ressuscitar; 
 Você não viu Ele subir ao céu e ser aceito por Deus;
 Você não viu a eficácia de Seu sacrifício na cruz;
 Você não O viu substituindo você no juízo divino.
 Você não viu nada disso, porém você crê naquilo que Deus diz acerca de tudo isso e a fé é então levada em conta.
            Fica valendo para você tudo o que Cristo é e tudo o que Ele fez, e Deus perdoa todos os seus pecados e a leva para o céu. Fé é crer naquilo que não se vê, mas confiando que Aquele que falou é fiel.

            A salvação não vem de nós. Tudo o que precisava ser feito para nos salvar, Cristo fez. Quando você aceita a Cristo como seu Salvador, você é salvo por Ele, e não por seus próprios esforços. Ele é o SALVADOR

Você já ouviu falar de algum guarda-vidas que precise da ajuda do que está se afogando para poder tirá-lo da água? É claro que não. Os guarda-vidas até preferem que o afogado esteja desmaiado pois fica muito mais fácil tirá-lo do que ter que lutar com um homem desesperado que não sabe o que está fazendo. Assim é o Salvador: Ele salva aqueles que se rendem a Ele; aqueles que reconhecem que não tem mais forças; aqueles que simplesmente DEIXAM Ele salvar.

            A salvação é DOM (presente) de Deus, ou seja, é uma dádiva,  Para se ganhar uma dádiva só há uma condição: aceitá-la.

            A salvação não vem das obras. A única obra necessária para nossa salvação já foi feita há dois mil anos. Ao pecador cabe agora apenas e tão somente aceitá-la para si. As obras não salvam e nem pode ajudar a salvar.

A religião (denominações criadas por homens, "ministérios"), coloca sempre um jugo nas pessoas que nem eles conseguem suportar, associando a salvação de Deus com obras de homens.

Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar?
Mas cremos que seremos salvos pela graça do Senhor Jesus Cristo, como eles também. 
Atos 15:10-11
 

A grande pergunta é:  

Por que muitas pessoas preferem seguir homens do que  A PALAVRA DE DEUS,  vamos refletir...

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Quem são os justos na Bíblia?







Todos aqueles que foram justificados por Deus, não aqueles que tentaram se justificar a si mesmos por atos de justiça. É um grande engano pensar que somos justificados pelo nosso modo de agir. O mais justo dentre os homens sempre será ímpio se comparado com a justiça de Deus. Veja o caso de Jó e o que um de seus melhores amigos conta que ele fazia (ele devia saber):

"Porventura não é grande a tua malícia, e sem termo as tuas iniqüidades? Porque sem causa penhoraste a teus irmãos, e aos nus despojaste as veste Não deste ao cansado água a beber, e ao faminto retiveste o pão. Mas para o poderoso era a terra, e o homem tido em respeito habitava nela. As viúvas despediste vazias, e os braços dos órfãos foram quebrados". Jó 23
 ( essa passagem é um exemplo de justificação horizontal, ou seja do homem para o homem)

Todavia, a opinião de Deus a respeito de Jó era bem diferente:

"E disse O SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal". Jó 1:8

A opinião de Deus era vertical, baseada na Sua justificação do ímpio. A opinião de Jó era baseada na justificação horizontal, de homem para homem. É por isso que existe uma aparente discrepância entre Tiago e Romanos:

"Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?... Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém (justificação horizontal): Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.... Porventura o nosso pai Abraão , não foi justificado pelas obras quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?" Tg 2

Tiago falava da justificação horizontal, "mostra-me a tua fé sem as obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras". Mas em Romanos Paulo fala da justificação em seu aspecto vertical, como Deus vê o homem:

"Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei... Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus... Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça... Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça. Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, E cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado". Romanos 3 e 4

Davi também foi justificado por Deus, mas não tinha nada que pudesse fazê-lo merecer. No tempo em que os reis deviam estar guerreando ele estava em casa, dormindo até tarde, olhando uma mulher se banhando. Não satisfeito com o que tinha, ainda mandou buscar essa mulher, esposa de Urias, e a engravidou. Para encobrir seu pecado armou todo um estratagema que, por não funcionar, levou Davi a um dos mais cruéis atos que um homem pode cometer: dar à vítima, sem que ela soubesse, a carta de sua condenação para ser levada ao general no campo de batalha. No entanto, após reconhecer seu pecado (Salmos 32 e 51) e se arrepender, ele ficou livre de morrer e foi reputado por justo aos olhos de Deus.

Quando Deus olha para um dos Seus ele o vê pelas lentes de Cristo, ou através da obra na cruz do Calvário. Fora disso, não há justificação para o homem. Nossa opinião humana de justo é de alguém que anda direito e tem uma vida correta, mas quem é o justo da parábola do fariseu e do publicado? ( leia Lc18:9-14) E qual dos filhos foi justificado, o pródigo, que gastou tudo e viveu dissolutamente, ou o que ficou na casa do pai?

Graças a essa justificação divina a Bíblia pode dizer que Deus "Não viu iniqüidade em Israel, nem contemplou maldade em Jacó" Nm 23. Não é que Israel ou Jacó não tivessem iniqüidade ou maldade, mas Deus não viu, não reputou ou levou isso em conta. Deus justificou a Jacó, mas fez isso com base no sacrifício (ainda futuro na ocasião) de Cristo e na Sua ressurreição.



O cristão sempre morre como conseqüência do pecado. Mesmo um convertido traz em seu corpo a deterioração causada pelo pecado, portanto adoecer ou morrer faz parte do processo, apenas interrompido se o Senhor voltar para buscar os Seus. Quanto a uma morte prematura, ela pode ser por causa de pecado (como aconteceu com Ananias e Safira), quando o crente já não serve para viver aqui como testemunho para seu Senhor, para servir de testemunho e para que sua morte seja um instrumento nos desígnios de Deus (Estêvão) ou simplesmente porque terminou o trabalho que Deus havia designado para ele aqui no mundo (Paulo). Nos três casos a morte não foi natural, mas por razões diferentes.

Depois de morto, o cristão não entra em juízo (não será julgado). O juízo é só para o incrédulo. Muitos fazem confusão entre o trono branco (para incrédulos) e o tribunal de Cristo (para crentes). O tribunal de Cristo não é um tribunal de julgamento para condenar ou não, mas é mais como um juri de concurso de beleza ou de calouros, para escolher a qualidade da obra de cada um e recompensar.

 por Mario Persona

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

"igrejas" que pregam prosperidade financeira

Muitas pessoas hoje são vítimas dos lobos vestidos de ovelhas, ou pior ainda, de pastores, que vivem por aí desafiando a Deus. O Senhor Jesus falou de pessoas que profetizariam em Seu nome, fariam milagres em Seu nome, expulsariam demônios em Seu nome, mas dos quais Ele diria: "Nunca vos conheci" (Mt. 7:23). Quem seriam essas pessoas?

Certamente não seriam ateus, espíritas, muçulmanos, budistas ou coisa do tipo. São pessoas que usam o nome do Senhor Jesus para seu próprio proveito. E a melhor isca para atrair multidões é dizer que ficarão ricas, o que de certa forma é coerente com o próprio modo de vida que levam. Afinal, esses pastores ficaram ricos, não ficaram? Então a maioria das pessoas os seguem cegamente pensando:
 "Vai funcionar comigo também". 

Historicamente a doutrina da prosperidade teve início nos Estados Unidos como uma decorrência do enriquecimento dos pastores e pregadores de lá. Com a evidente evolução de seu padrão de vida graças ao crescimento do número de fiéis, a antiga teologia fundamentalista de simplicidade e contentamento pregada por décadas passou a criar um problema de imagem. Alguma coisa precisava ser mudada e fazer crer que a fidelidade a Deus enriquecia financeiramente foi o melhor argumento. A partir de então, pastores prósperos eram sinônimo de fidelidade e comunhão com Deus e isso atraía mais gente que os tornava ainda mais prósperos.

A vida em abundância que o Senhor promete é a própria vida dEle naqueles que crêem.
 Não é vida com abundância de bens.


 Não consigo entender como o diabo consegue cegar tantas pessoas nos dias de hoje, que estão buscando a Cristo como um talismã de boa sorte, e não como Salvador de pecadores. É muito fácil desmascarar essa doutrina.

O Senhor Jesus foi rico?

 Não, não tinha onde reclinar a cabeça, e os poucos pertences que tinha foram divididos pelos soldados. 


Os apóstolos foram ricos e saudáveis?
 Não, viviam presos, perseguidos, precisando se ajudar uns aos outros, e até doentes. Então com base em quê todas essas promessas de prosperidade? Com base no Antigo Testamento, quando Deus fez promessas terrenas a um povo que nunca recebeu promessas celestiais: a eles foi prometido terra, colheitas, saúde, filhos etc, tudo em abundância, mesmo porque a perspectiva que tinham era de morar na terra prometida, Israel.

O que foi prometido ao cristão enquanto é peregrino neste mundo? O céu. E aqui no mundo?
 "No mundo tereis tribulações" João 16:33.


 Mas e quanto a bens materiais, devo me contentar com o que Deus me deu até aqui? "Tendo, porém, alimento e vestuário, estaremos com isso contentes". 1 Timóteo 6:8.  Seria pedir muito que aceitássemos este conselho como sendo a mais pura Palavra de Deus?

Não se deixe levar pelo engano do diabo que quer colocar nossos olhos neste mundo, e não no céu. Colossenses diz para pensarmos nas coisas que são do alto:
 "Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra", Colossenses 3:2.


 Timóteo diz que os que querem ficar ricos caem em engano:"Os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição" I Timóteo 6:9.
 Obviamente há cristãos ricos porque Deus quis assim, mas não deve ser este o sonho ou a meta de um cristão. A mensagem da Palavra de Deus é clara demais, mas é a concupiscência de nosso coração que não quer enxergar isso.

Aceite a simplicidade de que o Senhor Jesus veio ao mundo para salvar você de seus pecados e do juízo. Não veio aqui para lhe dar uma empresa, casa em Miami, fazendas e meia dúzia de carros importados. Se aqui estiver tudo 100%, você iria querer se mudar para o céu? É claro que não. Iria querer ficar no mundo, no mesmo mundo onde o Senhor foi crucificado, o mesmo mundo que terá tudo queimado com fogo no final.



 Existe uma doutrina, chamada do Domínio, que acredita que a Igreja seja a substituição de Israel.(ver estudo sobre as dispensações de Deus, judaísmo é diferente de cristianismo, Israel é uma nação, Igreja é outra, cada uma em uma  dispensação diferente, com promessas diferentes, para Israel, bênçãos terrenas, para a Igreja bênçãos celestiais). Tal doutrina leva a crer que as bênçãos do Antigo Testamento, dadas aos judeus, seriam agora para a Igreja que teria ocupado seu lugar. Trata-se de uma usurpação e uma tentativa de se fundamentar a doutrina da prosperidade material para o cristão.

O judeu continua no coração de Deus e um remanescente judeu será restaurado na tribulação. Aliás, muito do que encontramos nos Salmos nos fala desse remanescente e de seus exercícios. Principalmente do 42 ao 49, 79 ao 87. Hoje ( dispensação da graça) o judeu convertido a Cristo faz parte da Igreja. Não é mais, aos olhos de Deus, judeu.

Houve uma época quando havia na terra só gentios. Depois você encontrava gentios e judeus. Hoje há gentios, judeus e Igreja (1 Co 10.32). Logo (talvez hoje!) a Igreja será tirada e ficarão gentios e judeus, continuando assim no Milênio. Então virá o estado eterno, quando Deus terá só um povo. Então o tabernáculo (a presença) de Deus habitará com os homens.

Veja por exemplo 2 Timóteo, a ultima carta de Paulo, que trata dos últimos
 dias(1 Timóteo fala dos últimos tempos - 1 Tm 4:1), ou seja, quando não falta mais nada e o Senhor está à porta. O cap. 3 fala da degradação do testemunho cristão (ali não são pagãos os homens amantes de si mesmos, mas cristãos professos). Eles levam cativas mulheres néscias, "levadas de varias concupiscências" (desejos ardentes por coisas diversas). Seriam pessoas que querem ter tudo?

Esses lobos que pregam prosperidade material e cura física e emocional, inventando sabonetes santos, águas bentas do rio Jordão, azeites de Israel, portais disso, fogueiras daquilo e outras coisas, enchem suas igrejas com a sua contraparte: pessoas levadas pelas mesmas concupiscências das coisas materiais que eles prometem. Trata-se, a meu ver, de um acordo de ambas as partes.

Você promete o que eu quero e eu pago para ouvir essas promessas esperando ser sorteado com a benção, desde que mantenha suas contribuições ou “desafios financeiros” em dia. Obviamente não são todos, mas a grande maioria não está ali em busca de salvação eterna, mas de conforto temporal. Uns enganam deliberadamente e outros são deliberadamente enganados. E todo mundo sai feliz. Menos alguns que, como você, saem cheios de dúvidas.

Portanto não é o verdadeiro evangelho que corre nesses lugares, mas a promessa de suprir as concupiscências que todos os homens têm de uma vida confortável neste mundo. Se eu gritar na praça
 "QUEM QUER FICAR RICO?",quantas pessoas acha que virão me ouvir? O uso da Bíblia nesses lugares dá apenas o toque de legitimidade para aplacar as consciências(muitos dos que “pregam” nesses lugares não conhecem nada da bíblia ,não dá tempo de ler, pois estão num turbilhão, de eventos para agradar a “gregos” e “troianos” para aumentar o público pagante) . Naquele dia o Senhor dirá, tanto dos que guiam assim, como dos que são guiados: "Nunca vos conheci". É triste, mas é a realidade.

O fato de alguém se converter, de se tornar crente no Evangelho, não significa que tenha de ficar bobo e jogar fora seu desconfiômetro. Ninguém deve aceitar como vindo de Deus tudo o que tem o selo "evangélico". A Palavra de Deus é nosso parâmetro sempre e nela estamos seguros. É claro que existe outro elemento aí, que é o terrorismo praticado por alguns desses líderes, que fazem ameaças de danação eterna a qualquer um que duvide do que prometem ou abandone suas
 "igrejas". Para isso apelam a passagens do tipo "Obedecei a vossos guias, sendo-lhes submissos; porque velam por vossas almas". Hebreus 13:17. Bem, digamos que há aqueles que velam pelas almas... Mas e os lobos declarados?

"Eu sei que depois da minha partida entrarão no meio de vós lobos cruéis que não pouparão rebanho... Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores... amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder... sempre aprendendo, mas nunca podendo chegar ao pleno conhecimento da verdade... estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.Afasta- te também desses... Portanto, sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas". Mateus 10:16Atos 20:29 Mateus 7:15 2 Timóteo 3:2-5 

O Evangelho da prosperidade que pregam não é o que encontro na Palavra de Deus. O verdadeiro evangelho precisa dar a solução para o pecado, não para a conta bancaria, a falência da empresa, o cônjuge abandonado ou a pressão alta. O verdadeiro evangelho precisa ter morte, sangue e ressurreição. O que apela para as necessidades naturais do ser humano -- concupiscência da carne, dos olhos e a soberba da vida -- é um falso evangelho dirigido ao ventre.

"O EVANGELHO que vos tenho anunciado... pelo qual tambem sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se nao e' que crestes em vao. Porque primeiramente vos entreguei o que tambem recebi: QUE CRISTO MORREU POR NOSSOS PECADOS, segundo as escrituras, E QUE FOI SEPULTADO, E QUE RESSUSCITOU ao terceiro dia, segundo as Escrituras." 1 Co 15:1-3

Agora, cá entre nós, será que não somos capazes de detectar um vigarista quando encontramos um? As roupas, as palavras, o tom da voz, as promessas, a sedução... Se não estivermos hipnotizados pela ganância, certamente conseguiremos. E é aí que mora o perigo: embora salvo, o cristão ainda carrega em si sua carne, sua velha natureza, e ela sempre dá ouvidos às coisas que apelam para suas concupiscências. Prosperidade material é uma delas.

"Nossa igreja esta crescendo!"




Muitas pessoas reagem dizendo: "Mas nossa igreja está crescendo. Isto prova que Deus está abençoando. E se Deus está abençoando nossa igreja, ela não pode estar errada! Por que eu deveria me separar de algo que Deus está claramente abençoando?".


O problema é de definição. Quando as pessoas falam de crescimento elas geralmente se referem ao número de pessoas. A Bíblia, porém, quando fala de crescimento, se refere ao desenvolvimento e maturidade espiritual no crente (1 Pedro 2:2; 3:18; Ef 4:15-16: Cl 1:10; 2:19; 1 Ts 3:12; 4:10; 2 Ts 1:3; At 9:22).

Crescimento numérico não é sinal da aprovação ou bênção do Senhor. É presunção achar que o aumento no número de pessoas seja uma bênção vinda de Deus. Se fosse assim, então a Igreja Católica Romana seria a denominação que Deus aprova, pois ela se gloria de possuir o maior número de pessoas dentre todas as igrejas! As Testemunhas de Jeová se gloriam de um crescimento fenomenal em seus números. Será que isto significa que Deus os esteja abençoando?

A Palavra de Deus diz que a única classe de pessoas que irá crescer em números na igreja nos últimos dias é a dos "homens maus e enganadores"e dos "muitos" que irão segui-los (2 Tm 3:13; 2 Pd 2:2). Ao nos vangloriarmos de possuir um grande número de pessoas, podemos estar inadvertidamente nos identificando com o erro que as Escrituras nos alertam que viria a aumentar nos últimos dias. Embora não seja sempre o caso, entender isso pode nos impedir de sucumbirmos ao desejo de nos gloriar nos números. Está claro nas Escrituras que, à medida que os dias forem se tornando mais sombrios, o número de crentes fiéis e piedosos será cada vez menor (2 Tm 1:15; Sl 12:1).

Em um sistema de coisas mantido principalmente por doações e ofertas da congregação, o número de pessoas é importante para as organizações eclesiásticas. Mas Deus não está preocupado com números como estão os homens. Isto é visto nas poucas ocasiões em que são mencionados números no livro de Atos. Lá diz simplesmente que "chegou o número desses homens a quase cinco mil" (At 4:4; 2:41). E "estes eram, ao todo, unsdoze homens" (At 19:7). O tipo de crescimento que Deus procura para o Seu povo redimido é o crescimento em maturidade espiritual. Se visitássemos uma assembleia que tivesse um determinado número de pessoas, e voltássemos ali um ano mais tarde para ver se eles tinham verdadeiramente crescido no conhecimento do Senhor e em amor uns para com os outros, então poderíamos afirmar com certeza que aquela assembleia estaria crescendo, mesmo que continuasse com o mesmo número de pessoas (2 Ts 1:3).

Neste contexto nós perguntamos: "Quanto crescimento existe entre os que estão nas várias denominações?". Considerando que o teste de maturidade espiritual de uma pessoa é o quanto ela reconhece a verdade de Deus (1 Co 10:15; Fp 1:9-10; Hb 5:14), será que os cristãos que estão nas igrejas denominacionais receberiam a verdade da igreja, quanto à sua ordem e função, do modo como ela é mostrada nas Escrituras, se esta fosse apresentada a eles?

                                                                Traduzido de "God's Order" - Bruce Anstey - 4th Edition

Fermento




Leitura:  Mt 13:33

Depois de apontar que o crescimento da cristandade trouxe para seus ramos as mesmas aves que arrebatam a verdadeira semente que o semeador semeou, a parábola seguinte também fala de crescimento, ou mais precisamente da origem desse crescimento.

Antes que você acredite no que dizem alguns teólogos ou "líderes evangélicos", que o fermento nesta parábola é o evangelho que faz o cristianismo crescer no mundo, faça uma busca pela palavra "fermento" em www.bibliaonline.com.br. Em toda a Bíblia o fermento aparece como má doutrina ou má conduta. Nunca é algo positivo.

Na parábola da semente de mostarda o reino dos céus é grande e influenciado pelas aves que vêm de fora. Nesta parábola a massa é corrompida pelo fermento que vem de dentro. No capítulo 20 de Atos o apóstolo Paulo adverte os cristãos de Éfeso que o rebanho seria assolado por lobos, de fora para dentro, e que do meio deles surgiriam homens distorcendo a Palavra de Deus e gerando destruição de dentro para fora.

A massa é a matéria prima para fazer pão, que é um alimento e figura da Palavra de Deus. Alguns falam aquilo que está de acordo com a Palavra de Deus. Outros falam qualquer coisa que faça a massa crescer, visando apenas aumentar o número de seguidores, eleitores ou público pagante. Isso não passa de fermento.

Vivemos hoje em meio a muita mistura de coisas genuínas e falsas, por isso é preciso muito cuidado. Dos quatro tipos de solo que receberam a boa semente, apenas um era fértil. Que solo é o seu?

Do campo plantado, apenas parte era formado por trigo verdadeiro, o resto era joio, uma erva daninha plantada pelo diabo. Cristãos falsos e verdadeiros crescerão juntos até que uns sejam recolhidos em feixes e os outros incinerados. Que tipo de planta é você?

A grande árvore que cresceu de uma pequena semente abriga em seus ramos as mesmas aves malignas que arrebatam a semente. O fermento do mal contamina a massa de dentro para fora, dando a ela um crescimento artificial. Você é daqueles que seguem números e seguem a opinião pública?

No mercado você encontra mais produtos falsos do que verdadeiros. Antes de comprar é preciso verificar sua origem e qualidade. Verifique se o cristianismo que estão lhe oferecendo não é pirata; veja se o crescimento não é apenas o resultado de um fungo, como os gases que fazem crescer a massa.



Por Mário Persona.(com adaptações)

                                                                                                           


sábado, 18 de fevereiro de 2012

A Igreja não aparece no Antigo Testamento




A Igreja não aparece no Antigo Testamento

Quando buscamos a Palavra de Deus para estudar a ordem e função da igreja, devemos nos ocupar do Novo Testamento, e particularmente das epístolas. É ali que a verdade da igreja é revelada.

Uma das principais chaves para se entender o que é a igreja está em perceber que ela não faz parte da revelação do Antigo Testamento. Cristo e Sua igreja formam o grande mistério de Deus.       Ef 5:32 (Grande é este mistério; digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.).

 O sentido bíblico de um"mistério" não é de algo misterioso e difícil de entender, mas sim de um segredo que Deus manteve escondido desde antes que o mundo fosse formado Rm 16:25  ( Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto ).
 Agora que o segredo foi revelado, não é algo difícil de se entender.

O grande segredo do propósito eterno de Deus era que, quando Israel viesse a rejeitar o Messias, e consequentemente fosse deixado de lado por algum tempo nas disposições governamentais de Deus, o Espírito Santo reuniria, por meio do evangelho, crentes judeus e gentios de todas as nações para formar uma nova companhia celestial de santos. Estes estariam unidos a Cristo como Seu corpo e noiva. Isso ficou escondido no coração de Deus, e não foi revelado no Antigo Testamento.                                   
Ef 3:9
(E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo;).

 Aqueles que viveram em outras épocas desconheciam isso por completo, pois era algo que só começaria no dia de Pentecostes (Mt 16:18; At 2:1-3, 47; 11:15). Esse segredo, portanto, não foi levado ao conhecimento dos homens até a época do Novo Testamento, e isso através do ministério especial do apóstolo Paulo Ef 3:2-5, 9; Cl 1:24-27 
 ( Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja;
Da qual eu estou feito ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida
 para convosco, para cumprir a palavra de Deus;
O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações,
 e que agora foi manifesto aos seus santos;
Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério
 entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória).

O mistério não está na Pessoa de Cristo, nem em Sua vida perfeita como Homem neste mundo, nem em Sua morte e ressurreição, e tampouco em Sua vinda para reinar neste mundo em poder e glória. Todas estas coisas foram mencionadas nas Escrituras do Antigo Testamento. O maravilhoso segredo, que agora foi revelado, é que Cristo teria um complemento (a igreja -- o Seu corpo e noiva) ao Seu lado em um dia vindouro quando Ele iria reinar publicamente sobre este mundo. Do dia de Pentecostes até a vinda de Cristo (Arrebatamento), Deus está chamando pessoas para fora de todas as nações por intermédio do evangelho, para que façam parte deste maravilhoso privilégio At 15:14  (Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome).

Portanto, ao enxergarmos que a verdade da igreja não tem qualquer parte no Antigo Testamento, não nos voltamos a ele para aprender como a igreja deve adorar e nem como deve funcionar administrativamente, já que ela não aparece ali. Este é um ponto extremamente importante. Trata-se de algo que muitos cristãos não percebem.

    "Vamos prestar atenção no que diz a Palavra de Deus, devemos nos lembrar que o Espírito Santo não desperdiça palavras, vamos seguir o que a bíblia diz para não ser levados por doutrinas criadas por homens e suas denominações (religião)."
   Adriano.


Traduzido de "God's Order" - Bruce Anstey - 4th Edition

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Dispensação








Dispensação

A palavra grega significa literalmente "administração de uma casa", e "economia" sendo, portanto, uma certa maneira de Deus tratar com o homem na administração variada dos Seus desígnios em diferentes épocas. Ao revermos as diferentes administrações de Deus para com o homem, podemos notar o estado de inocência no Éden, embora isto não se enquadre bem no caráter de uma dispensação. Apenas uma lei foi dada a Adão e Eva, e exigia-se obediência, tendo sido anunciada uma pena para o caso de falharem.


Isso foi seguido de um longo período de aproximadamente 1.600 anos até o dilúvio - uma época em que não houve uma maneira definida no tratamento de Deus para com o homem, e durante cujo período os homens corromperam os seus caminhos e a Terra encheu-se de violência. O mundo foi então avisado por Deus, por intermédio de Noé que foi um pregador da justiça; e Deus esperou, em benignidade, que houvesse arrependimento enquanto era preparada a arca (1 Pd 3:20; 2 Pd 2:5). Eles não se arrependeram e o velho mundo foi destruído.

No mundo pós-diluviano Deus estabeleceu o governo do homem para com o seu próximo, ao mesmo tempo em que um conhecimento de Deus, como um Deus que julga o mal, foi disseminado pelos descendentes de Noé, fazendo com que tradições acerca do Dilúvio sejam encontradas hoje em todo o mundo. Esse foi um testemunho adicional para Deus. Seguiu-se, então, a divisão da terra em várias nações e tribos, de acordo com suas famílias e línguas. Em meio a isso prevaleceu a ignorância acerca de Deus, apesar do testemunho do Seu poder e divindade, e da admoestação da consciência, à qual se refere Romanos 1 e 2.

Cerca de 360 anos após o dilúvio, teve início a era dos patriarcas com o chamado de Abraão; uma nova e soberana maneira de Deus tratar com o homem. Porém isto ficou restrito a Abraão e seus descendentes.

A dispensação da lei veio em seguida, sendo, estritamente falando, o primeiro sistema publicamente estabelecido de Deus tratar com o homem, havendo sido administrado por anjos. Os oráculos de Deus foram dados a uma nação, a única nação sobre a Terra que Deus reconheceu dessa forma (Am 3:2). Essa foi a dispensação do "Faça isso e viverá e será abençoado; desobedeça e será amaldiçoado". Essa dispensação teve três fases distintas:
1.            Cerca de 400 anos sob os juízes, quando Deus deveria ser o Rei para o povo, mas quando na realidade cada um fazia aquilo que era justo aos seus próprios olhos (Jz 21:25).
2.            500 anos como um reino sob uma linhagem real.
3.            600 anos do cativeiro até a vinda de Cristo. Conectado a isso havia o testemunho profético: a lei e os profetas que foram até João (Lc 16:16).

Durante a dispensação da lei os tempos dos gentios tiveram início na supremacia política de Nabucodonosor, a cabeça de ouro e rei dos reis (Dn 2:37-38). Esses "tempos dos gentios" continuam a ter seu curso, e continuarão até que o Senhor Jesus dê início ao Seu reino.

A dispensação da graça e verdade teve início após a pregação de João Batista, pelo advento de Cristo. Durante esta dispensação o evangelho é pregado a toda criatura debaixo do céu, e ocorre o chamado da Igreja, extendendo-se como um parênteses, do dia de Pentecostes até o arrebatamento dos santos (At 2:1-4; 1 Ts 4:13-18). Paulo tinha uma "dispensação" especial, a ele comissionada por Deus, tanto com respeito ao evangelho como ao cumprimento da Palavra de Deus pela doutrina da Igreja como sendo o corpo de Cristo (1 Co 9:17; Ef 3:2-3; Cl 1:25-26).

A dispensação do Reino de Cristo sobre a Terra durante o milênio é também chamada de dispensação da plenitude dos tempos (Ef 1:10; Ap 20:1-6).

Sob estas variadas administrações, a bondade e fidelidade de Deus brilharam, e a ruína do homem se fez manifesta em todo lugar.
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Dispensações de Deus





Dispensação

Dispensação, na Bíblia, é um período de tempo no qual Deus trata com o homem e são sete dispensações que dividem a sua história.

1 Inocência
Responsabilidade: Não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Fracasso: Comeram.
Juízo: Morte e a maldição sobre toda Terra.
Início: Criação do homem. Gênesis 2.26-31, sexto dia.
Término: Queda do homem. Gênesis 3.
Duração (tempo): Desconhecido.

2 Consciência
Responsabilidade: Obedecer a Deus com base na consciência.
Fracasso: Corrupção total da humanidade.
Juízo: Dilúvio.
Início: Quando Adão foi posto fora do Éden.
Término: Dilúvio.
Duração: 1.656 anos.

3 Governo
Responsabilidade: Multiplicar e Povoar toda a Terra.
Fracasso: Desobedeceram.
Juízo: Confusão de línguas - Babel.
Início: Após Noé sair da arca com sua família. Gênesis 9.
Término: Chamamento de Abrão. Gênesis 12.
Duração: 427 anos.

4 Promessa
Responsabilidade: Morar em Canaã.
Fracasso: Moraram no Egito.
Juízo: Escravidão no Egito.
Início: Chamamento de Abrão. Gênesis 12.
Término: Entrada dos filhos de Israel em Canaã.
Duração: 430 anos

5 Lei
Responsabilidade: Guardar a Lei.
Fracasso: Violaram a Lei e rejeitaram o Messias.
Juízo: Dispersão por entre as nações.
Início: No deserto, após terem passado o Mar Vermelho.
Término: Rejeição do Messias (o Cristo – o Senhor Jesus)
A destruição de Jerusalém foi a ação judicial - por assim dizer - que demarcou o seu fim, e consequentemente a dispersão dos judeus.
Duração: 1.520 anos.

6 Graça
Responsabilidade: Crer no Evangelho da Graça de Deus – Receber ao Senhor Jesus pela fé.
Fracasso: Rejeitaram o Senhor Jesus.
Juízo: Condenação eterna – Inferno. João 3.18,36. (Veja também A Grande Tribulação).
Início: Dia de Pentecostes em Atos 2. A vinda do Espírito Santo. A morada do Espírito Santo no crente é o que caracteriza esta dispensação.
Término: Dia do arrebatamento. A vinda do Senhor Jesus para os Seus santos.
I Tessalonicenses 4.13-17 - “Num momento, num abrir e fechar de olhos...” I Coríntios 15.52
Duração: Até hoje, tem durado aproximadamente 2.000 anos.

7 Milênio
Responsabilidade: Obedecer e a adorar a Cristo.
Fracasso: Rebelião.
Juízo: Inferno.
Início: A vinda do Senhor Jesus nos ares com os Seus santos.
Término: Satanás será solto e haverá a última rebelião – Gogue e Magogue (Apocalipse 20.7,8).
Duração: 1.000 anos.