Todos aqueles que foram justificados por Deus, não aqueles que tentaram se justificar a si mesmos por atos de justiça. É um grande engano pensar que somos justificados pelo nosso modo de agir. O mais justo dentre os homens sempre será ímpio se comparado com a justiça de Deus. Veja o caso de Jó e o que um de seus melhores amigos conta que ele fazia (ele devia saber):
"Porventura
não é grande a tua malícia, e sem termo as tuas iniqüidades? Porque sem causa
penhoraste a teus irmãos, e aos nus despojaste as veste Não deste ao cansado
água a beber, e ao faminto retiveste o pão. Mas para o poderoso era a terra, e
o homem tido em respeito habitava nela. As viúvas despediste vazias, e os
braços dos órfãos foram quebrados". Jó 23
( essa passagem é um exemplo de justificação horizontal, ou seja do homem para o homem)
Todavia,
a opinião de Deus a respeito de Jó era bem diferente:
"E
disse O SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na
terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia
do mal". Jó 1:8
A
opinião de Deus era vertical, baseada na Sua justificação do ímpio. A opinião
de Jó era baseada na justificação horizontal, de homem para homem. É por isso
que existe uma aparente discrepância entre Tiago e Romanos:
"Meus
irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras?
Porventura a fé pode salvá-lo?... Assim também a fé, se não tiver as obras, é
morta em si mesma. Mas dirá alguém (justificação horizontal): Tu tens a fé, e eu tenho as obras;
mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas
obras.... Porventura o nosso pai Abraão , não foi justificado pelas obras quando
ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?" Tg 2
Tiago
falava da justificação horizontal, "mostra-me a tua fé sem as obras e eu
te mostrarei a minha fé pelas minhas obras". Mas em Romanos Paulo fala da
justificação em seu aspecto vertical, como Deus vê o homem:
"Concluímos,
pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei... Porque, se
Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de
Deus... Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado
como justiça... Ora, àquele que faz qualquer obra não lhe é imputado o galardão
segundo a graça, mas segundo a dívida. Mas, àquele que não pratica, mas crê
naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça. Assim
também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as
obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, E cujos
pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o
pecado". Romanos 3 e 4
Davi
também foi justificado por Deus, mas não tinha nada que pudesse fazê-lo
merecer. No tempo em que os reis deviam estar guerreando ele estava em casa,
dormindo até tarde, olhando uma mulher se banhando. Não satisfeito com o que
tinha, ainda mandou buscar essa mulher, esposa de Urias, e a engravidou. Para
encobrir seu pecado armou todo um estratagema que, por não funcionar, levou
Davi a um dos mais cruéis atos que um homem pode cometer: dar à vítima, sem que
ela soubesse, a carta de sua condenação para ser levada ao general no campo de
batalha. No entanto, após reconhecer seu pecado (Salmos 32 e 51) e se
arrepender, ele ficou livre de morrer e foi reputado por justo aos olhos de
Deus.
Quando
Deus olha para um dos Seus ele o vê pelas lentes de Cristo, ou através da obra
na cruz do Calvário. Fora disso, não há justificação para o homem. Nossa
opinião humana de justo é de alguém que anda direito e tem uma vida correta,
mas quem é o justo da parábola do fariseu e do publicado? ( leia Lc18:9-14) E qual dos filhos foi
justificado, o pródigo, que gastou tudo e viveu dissolutamente, ou o que ficou
na casa do pai?
Graças
a essa justificação divina a Bíblia pode dizer que Deus "Não viu
iniqüidade em Israel, nem contemplou maldade em Jacó" Nm 23. Não é que
Israel ou Jacó não tivessem iniqüidade ou maldade, mas Deus não viu, não
reputou ou levou isso em conta. Deus justificou a Jacó, mas fez isso com base
no sacrifício (ainda futuro na ocasião) de Cristo e na Sua ressurreição.
O
cristão sempre morre como conseqüência do pecado. Mesmo um convertido traz em
seu corpo a deterioração causada pelo pecado, portanto adoecer ou morrer faz
parte do processo, apenas interrompido se o Senhor voltar para buscar os Seus.
Quanto a uma morte prematura, ela pode ser por causa de pecado (como aconteceu
com Ananias e Safira), quando o crente já não serve para viver aqui como
testemunho para seu Senhor, para servir de testemunho e para que sua morte seja
um instrumento nos desígnios de Deus (Estêvão) ou simplesmente porque terminou
o trabalho que Deus havia designado para ele aqui no mundo (Paulo). Nos três
casos a morte não foi natural, mas por razões diferentes.
Depois
de morto, o cristão não entra em juízo (não será julgado). O juízo é só para o
incrédulo. Muitos fazem confusão entre o trono branco (para incrédulos) e o
tribunal de Cristo (para crentes). O tribunal de Cristo não é um tribunal de
julgamento para condenar ou não, mas é mais como um juri de concurso de beleza
ou de calouros, para escolher a qualidade da obra de cada um e recompensar.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirMuito obrigada com esse site estou estudando a palavra de Deus.
ResponderExcluirMuito obrigada com esse site estou estudando a palavra de Deus.
ResponderExcluir